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Bolsonaro foca anistia penal e admite a aliados abrir mão de reverter inelegibilidade

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 17 de set.
  • 2 min de leitura
Nesta terça-feira (16), Bolsonaro passou mal e foi levado à emergência de um hospital em Brasília
Nesta terça-feira (16), Bolsonaro passou mal e foi levado à emergência de um hospital em Brasília

Jair Bolsonaro (PL) quer que seus aliados no Congresso Nacional priorizem uma anistia penal, que abranja ele próprio e os demais condenados no 8 de Janeiro, e já admitiu a interlocutores abrir mão de reverter neste momento sua inelegibilidade.


O texto apresentado pelo líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), e defendido por bolsonaristas na Casa era o mais abrangente até o momento, incluindo anistia eleitoral e a todos os crimes desde a criação do inquérito de fake news, em 2019.


Esses pontos, sobretudo de anistia eleitoral, têm sido tratados por interlocutores de Bolsonaro como gordura para negociar no Congresso. A pressão para votar o texto foi ampliada nas últimas semanas, mas o centrão resiste a uma anistia que seja tão ampla.


Aliados de Bolsonaro dizem que ele está ciente das dificuldades que o texto enfrenta na Casa e quer focar o perdão de pena, algo que poderia livrá-lo da cadeia. Ele está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, mas pode ser transferido para cumprir pena na carceragem da Polícia Federal ou até mesmo na Papuda, quando terminarem de correr os recursos na corte.


A maior preocupação do ex-presidente hoje é evitar cumprir pena nessas condições. Por isso, já prepara pedido de domiciliar. Seus aliados têm se ocupado nas últimas semanas de reforçar publicamente a debilidade de seu quadro de saúde.


Nesta terça-feira (16), ele passou mal e foi levado à emergência do DF Star, hospital em Brasília, onde passou a noite. Segundo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), ele estava com crise de soluço, vômito e pressão baixa. No último domingo (14), ele também esteve no hospital para exames de rotina e um procedimento na pele.


O ex-presidente foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a 27 anos e três meses de prisão por liderar a trama golpista em 2022.


Foi aplicada ainda a inelegibilidade de oito anos a todos os condenados, a partir do término da pena. Bolsonaro já estava impedido de disputar eleições até 2030 em razão de condenações na Justiça Eleitoral. Com a condenação do STF, ele fica inelegível até 2060.


Se o texto fosse votado e aprovado nos termos apresentados pelo PL, Bolsonaro seria o candidato em 2026, como eles têm propalado nas últimas semanas. Mas nem mesmo ele conta com essa possibilidade, por entender que não há clima político.


Partidos do centrão já estão se organizando para uma eventual candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao Palácio do Planalto, como sucessor de Bolsonaro, o que tem irritado familiares do ex-presidente, preocupados em manter o capital eleitoral no clã.


Essa semana é vista como decisiva para bolsonaristas na Câmara aprovarem a anistia. Hugo Motta (Republicanos-PB) avisou a líderes partidários, nesta terça-feira (16), que pautará a urgência do projeto de lei que dá anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro.


Motta tem afirmado a aliados que a pressão para que ele dê andamento a esse projeto aumentou com a condenação de Bolsonaro no STF, mas que não é favorável a uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, como a defendida por bolsonaristas. A ideia seria buscar um meio termo.



Créditos: Folha de S. Paulo

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