Bolsonaro diz a aliados que nenhum dos filhos concorrerá à Presidência; Eduardo se diz candidato
- Jason Lagos
- 3 de out.
- 3 min de leitura

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse a ao menos dois aliados que o visitaram nos últimos dias que nenhum de seus filhos será candidato ao Palácio do Planalto nas eleições de 2026.
A declaração indica que o ex-presidente não está disposto apoiar uma eventual candidatura do filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está autoexilado nos Estados Unidos desde março.
No mês passado, Eduardo disse que pretende ser candidato ao Planalto, caso o pai, que está inelegível, seja de fato impedido de concorrer no pleito do próximo ano.
O deputado diz estar disposto, inclusive, a concorrer por outro partido, caso o PL venha a apoiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), à Presidência em 2026.
Tarcísio é apontado como favorito para ser o candidato de Bolsonaro ao Planalto. O ex-presidente, porém, decidiu dar um freio as articulações e culpou caciques do Centrão pela decisão.
Os planos de Bolsonaro para a maioria dos filhos é o Senado. A ideia do ex-presidente é que Flávio tente reeleição para senador no Rio, que Eduardo dispute o Senado por São Paulo e Carlos, por Santa Catarina.
Nesta quinta-feira, 2, em publicação na rede social X (antigo Twitter), Eduardo Bolsonaro afirmou que a concessão de anistia é “o mínimo” necessário para a preservação da democracia no país. Segundo ele, qualquer tentativa de restringir o alcance da medida equivaleria a “suavizar a vida de ditadores”.
“A anistia é o mínimo, é a defesa tolerável da democracia. Querer flexibilizar a anistia soa como suavizar a vida de ditadores, que só respeitam o que temem. Sem anistia não haverá eleição em 2026”, escreveu o parlamentar.
A declaração ocorre em meio ao avanço de discussões no Congresso sobre o PL da dosimetria, encabeçado pelo deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP). Um dos principais porta-vozes do bolsonarismo, Eduardo intensificou nos últimos meses manifestações em defesa da “anistia ampla e irrestrita”.
O deputado federal Capitão Alden (PL-BA) está coletando assinaturas para uma emenda para livrar o também deputado Eduardo Bolsonaro da acusação de obstrução de Justiça.
Eduardo foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por coação no curso do processo e tem 15 dias úteis para apresentar defesa prévia. A PGR argumenta que ele articulou ameaças relacionadas à imposição de sanções estrangeiras contra magistrados brasileiros e o Brasil, com o objetivo de evitar a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de aliados na chamada ação penal do golpe de Estado.
A emenda que Alden pretende apresentar garante que a atuação parlamentar não seja criminalizada como obstrução de Justiça. Opiniões, discursos e posicionamentos políticos não seriam enquadrados dessa forma.
O filho "02" do ex-presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (PL), subiu o tom nesta quinta-feira (2) e criticou políticos do campo da direita que prometem dar indulto judicial ao seu pai, caso sejam eleitos no pleito à Presidência em 2026.
Em um recado publicado na rede social "X" (antigo Twitter), o "02" de Bolsonaro afirmou que a promessa feita por possíveis candidatos serve para "enganar inocentes", além de dizer que "é hora de mostrar a verdade sobre a destruição dos direitos no Brasil e partir para a defesa real da democracia".
Na publicação, Carlos também reafirmou que a prisão domiciliar de Bolsonaro, que foi condenado por participação em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, é "ilegal, assim como tantos outros inocentes", ao relembrar a detenção de outras pessoas condenadas pelos atos de 8 de janeiro.
Créditos: Metrópoles, O Antagonista e CNN Brasil




Comentários