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Banco Central corta os juros em 0,5 ponto percentual, no primeiro corte da Selic em três anos

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 2 de ago. de 2023
  • 2 min de leitura

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O Banco Central anunciou na noite desta quarta-feira o primeiro corte da taxa básica de juros desde agosto de 2020. Em uma reunião divergente entre os diretores do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic caiu de 13,75% para 13,25%, ou 0,5 ponto percentual.


Cinco diretores votaram pelo corte de 0,5 ponto e quatro, pela redução menor, de 0,25 p.p. Votaram pela redução de 0,5 ponto o presidente Roberto Campos Neto, além dos diretores Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Gabriel Muricca Galípolo e Otávio Ribeiro Damaso.


Votaram por uma redução de 0,25 ponto percentual os seguintes membros: Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, Maurício Costa de Moura e Renato Dias de Brito Gomes.


Os juros foram mantidos no patamar de 13,75% por um ano, desde agosto de 2022, ou sete reuniões seguidas. Já a última queda havia acontecido em agosto de 2020, no primeiro ano da pandemia, quando a taxa passou de 2,25% para 2%.


Ao longo deste ano, a manutenção da Selic em 13,75% foi motivo de acirramento na relação entre governo e integrantes da autoridade monetária, com críticas centralizada ao presidente do BC, Roberto Campos Neto - indicado na gestão de Jair Bolsonaro e o primeiro a dirigir o BC com autonomia operacional regulamentada.


Em encontro com correspondentes internacionais na manhã desta quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a citar Campos Neto, alegando que o chefe do BC “não entende de Brasil e de povo” e reforçou que o governo esperava que o início do ciclo de corte Selic fosse iniciado nesta quarta-feira.


A redução dos juros já era esperada pelo mercado financeiro e pela equipe econômica do governo. A dúvida estava na intensidade do corte, com apostas majoritárias entre 0,25 ou 0,5 ponto percentual.


A reunião de ontem contou com a estreia de dois diretores indicados pelo presidente Lula. Um deles, Gabriel Galípolo, é ex-número 2 do Ministério da Fazenda, e assumiu como o diretor de Política Monetária — área chave para o embasamento técnico à decisão sobre juros.


Ele é cotado para assumir a presidência do banco após o mandato de Roberto Campos Neto. Também tomou posse ontem o servidor de carreira Ailton Aquino, que assumiu a diretoria de Fiscalização.


A inflação vem mostrando queda na taxa acumulada em 12 meses, e as expectativas de mercado também caíram nas últimas semanas. Em junho, o IPCA registrou a primeira deflação em nove meses. Houve queda de 0,08% e, nos últimos 12 meses, a taxa ficou em 3,16%, abaixo da meta para o ano, de 3,25%.


O Boletim Focus, que reúne estimativas de aproximadamente 160 instituições financeiras, começou o ano projetando o IPCA em 5,36% e, agora, vê um indicador próximo de 4,90% em dezembro, com uma melhora das expectativas.


Créditos: O Globo

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