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Articulação de governadores “exclui” Jair Bolsonaro e irrita aliados do ex-presidente

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 19 de ago.
  • 3 min de leitura

Aliados veem post de Carlos Bolsonaro como resposta a eventos de de governadores presidenciáveis
Aliados veem post de Carlos Bolsonaro como resposta a eventos de de governadores presidenciáveis

A agenda política tocada por governadores de direita após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem irritado o “núcleo raiz” do bolsonarismo.


Aliados veem a postagem feita pelo vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL), e repostada pelo irmão Eduardo Bolsonaro (PL), em que chama os “governadores democráticos” de “ratos” e “cúmplices covardes”, como uma reação do clã Bolsonaro a declarações de teor eleitoral de nomes como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afilhado político do ex-presidente, e ao lançamento oficial da pré-candidatura do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), à Presidência da República, no fim de semana.


“Você acha que essa é a hora de alguém se lançar candidato quando um ex-presidente, sem culpa de crime nenhum, está em prisão domiciliar? É hora de alguém arvorar alguma coisa? Por isso que o filho de Bolsonaro, com muita razão, se posicionou. Eu concordo com ele em gênero, número e grau”, afirmou o pastor Silas Malafaia.


Para o líder religioso, principal organizador dos últimos atos a favor de Bolsonaro, os presidenciáveis de direita, que precisam do eleitorado bolsonarista para serem competitivos em 2026, são omissos em relação a “tudo que está acontecendo no Brasil”.


“Ele [Carlos] está indignado porque está vendo o pai dele definhando, doente, e não tem uma reação veemente, dura, justa e verdadeira contra Alexandre de Moraes”, disse o pastor, que é crítico ferrenho do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) encarregado dos processos que envolvem os bolsonaristas.


Na última quarta-feira (13), um evento sobre agronegócio realizado pelo banco BTG Pactual em São Paulo virou palco para governadores de direita cotados como presidenciáveis criticarem duramente o governo do PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Além do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que afirmou que o “Brasil não aguenta mais o Lula” e o PT, os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), fizeram duros ataques à gestão petista em seus discursos, mas não mencionaram Bolsonaro, a situação dos presos do 8 de janeiro nem o ministro Alexandre de Moraes.


Tarcísio também se reuniu, no último sábado (16), com empresários em um almoço organizado pelo executivo do Bank of America, Alexandre Bettamio, em sua casa na Fazenda da Boa Vista, em Porto Feliz, a 107 quilômetros da capital paulista.


No dia 11 de agosto, o presidente do Goldman Sachs, John Waldron, foi ao Palácio dos Bandeirantes para se reunir com o governador. No dia seguinte, Tarcísio também se reuniu, fora da agenda, com empresários de diferentes ramos na casa do cantor Latino.


Segundo o empresário do artista, o encontro serviu para falar sobre a “atual situação política e econômica do país”. Já nesta segunda-feira (18), o governador paulista palestrou em painel promovido pela empresa Warren Investimentos.


O lançamento da pré-candidatura à Presidência do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também desagradou o entorno do ex-presidente. O evento realizado no sábado (16) em um espaço de eventos na zona sul de São Paulo foi dominado por críticas ao PT e também a Alexandre de Moraes, porém sem menções diretas a Bolsonaro.


Aliados do clã Bolsonaro reclamam que os postulantes não estejam colocando a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro de 2023 no centro de seus discursos, evitando críticas diretas a Alexandre Moraes, ministro relator da suposta trama golpista no STF e principal algoz do ex-presidente. Uma das principais pautas do grupo mais ligado a Bolsonaro é o impeachment de Moraes.


Embora Tarcísio já tenha feito críticas públicas ao processo contra ex-presidente e à adoção das medidas cautelares como o uso de tornozeleira e, depois, a prisão preventiva, parte dos bolsonaristas avaliam que o governador paulista não faz criticas diretas a Moraes e que seu discurso de pacificação, na verdade, significa uma “submissão ao sistema”.


Aliados da família Bolsonaro ainda avaliam que a prisão preventiva e a impossibilidade de o ex-presidente se comunicar com correligionários atrapalham as articulações do grupo, que tem ficado sem uma orientação clara sobre as estratégias que devem ser adotadas visando as eleições do ano que vem.



Créditos: Metrópoles

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