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Após duro discurso de André Fernandes, Motta anuncia que o plenário decidirá sobre prisão de Carla Zambelli

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 11 de jun.
  • 2 min de leitura
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Em um inflamado discurso, o deputado André Fernandes (PL-CE) cobrou nesta 3ª feira (10) do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que leve ao plenário a votação sobre a perda de mandato da colega Carla Zambelli (PL-SP).


O congressista disse no plenário que carrega o “sentimento de ter sido enganado” por Motta, quando votou nele ao cargo em fevereiro.


“Resgate a força da Câmara dos Deputados! Não aceite que um deputado seja cassado, seja qual for o motivo, sem o aval desta Casa! E se a Deputada Carla Zambelli, ou qualquer que seja o deputado, seja cassada, traga para decidir aqui em plenário. E que os deputados coloquem a sua digital na cassação, na perda de mandato, como fizeram com o Daniel Silveira. Mas dizer que simplesmente vai acatar a decisão é um desrespeito. É um chute na cara do presidente, é um chute na cara dos parlamentares e é um chute também na cara da oposição”, declarou Fernandes.


Logo em seguida, Motta respondeu ao deputado que não funciona “no grito”. E acrescentou: “Não vai ser vossa excelência, insinuando que eu sou isso ou aquilo, que me fará agir a favor ou contra esse tema”. O presidente da Câmara, porém, recuou da declaração dada 1 dia antes, quando disse que não colocaria em votação a cassação da congressista.


“Com relação ao cumprimento da decisão acerca do mandato, darei o cumprimento regimental. Vamos notificar para que ela possa se defender e a palavra final será a palavra do plenário”, disse Motta no plenário em resposta a Fernandes.


Lideranças pertistas e do Centrão avaliam que a decisão de Hugo Motta de submeter a ordem do STF de perda do mandato de Carla Zambelli ao plenário da Câmara pode ter um potencial “explosivo”.


Embora divirjam sobre às razões que levaram Motta a tomar essa decisão, caciques do PT e de siglas do Centrão concordam que o plenário da Casa pode usar o caso de Zambelli para mandar um “recado” ao Supremo.


Para esses deputados, o resultado da votação seria hoje imprevisível, em razão do contexto de forte insatisfação com o STF — em especial, após o novo despacho do ministro do STF Flávio Dino pedindo explicações sobre as emendas.


Nesse cenário, petistas e centristas admitem haver chances de, ao menos neste momento, o plenário da Câmara votar para manter o mandato de Zambelli, como uma reação à nova investida do Supremo sobre os recursos.


E é nessa possibilidade que mora o potencial explosivo. Caso o mandato da deputada seja mantido, deputados avaliam que o STF deve ignorar a decisão da Câmara e manter a ordem de perda de mandato de Zambelli.


Na avaliação de governistas, Motta utilizou o caso Zambelli como um gesto político — tanto para o STF, quanto para a oposição bolsonarista, que vinha cobrando do presidente da Câmara um apoio a suas pautas.


Já caciques do Centrão avaliam que Motta não teve escolha e apenas seguiu a Constituição. Além disso, afirmam que o Supremo erra ao tomar decisões que tensionam ainda mais a relação entre os poderes.


Uma dessas decisões, avaliam caciques do grupo, seria ordem de prisão preventiva contra Zambelli dias antes da decisão final da Corte sobre a condenação da deputada no processo de invasão dos sistemas do CNJ.



Créditos: Poder360 e Metrópoles

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