Após cobrança de Lula, União Brasil deve antecipar saída do governo e ameaça ministro do Turismo
- Jason Lagos
- 28 de ago.
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Após cobrança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por fidelidade na reunião ministerial de terça-feira (26), o União Brasil e o PP devem antecipar a saída do governo. A Cúpula do União Brasil informou que vai se reunir na próxima quarta-feira (3) para deliberar sobre a permanência ou entrega dos cargos na gestão petista.
Líderes da federação União Progressista já defendiam o desembarque, mas alegam que a situação ficou insustentável depois da declaração de Lula, de que não gosta do presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e que a recíproca é verdadeira.
Lula também criticou Ciro Nogueira e disse que o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) quer ser o vice do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em eleição presidencial em 2026, porque não teria votos no Piauí para se reeleger senador.
O presidente reclamou que, além da falta de apoio no Congresso, dirigentes partidários dessas legendas não poupam críticas à gestão petista.
O União Brasil tem três ministérios na Esplanada: Integração Nacional (Waldez Góes), Turismo (Celso Sabino) e Comunicações (Frederico Siqueira Filho).
Waldez Góes deve permanecer no cargo. Além de ser uma indicação da cota pessoal do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), Waldez é filiado ao PDT. O mesmo acontece com Siqueira Filho. Ele não é filiado ao União Brasil, era presidente da Telebras e foi alçado ao cargo de ministro pelo presidente do Senado.
Já Sabino é pressionado por aliados a deixar o ministério nos próximos dias. Ele vem negociando nos bastidores para permanecer no cargo, mas já foi ameaçado de expulsão da legenda. Dirigentes não descartam, inclusive, que Alcolumbre indique o novo ministro do Turismo.
Na terça-feira (26), após a fala de Lula, Rueda soltou uma nota rebatendo o presidente. Logo depois, a bancada do União Brasil na Câmara dos Deputados divulgou nota de apoio "irrestrito" ao presidente nacional da legenda, diante das declarações de Lula. A bancada também elogiou Sabino, sem comentar sobre a pressão para que ele deixe o Ministério do Turismo.
Tudo indica que PP e União Brasil não apoiarão a reeleição do presidente Lula em 2026. Ciro Nogueira apoia uma eventual candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao Planalto. Já o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), lançou sua pré-candidatura à Presidência na eleição do ano que vem.
Sonhando com o governo da Paraíba, o líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho, se aliou ao PL de Bolsonaro como fiador de sua pré-candidatura. Em evento no estado, Efraim subiu ao palco com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e defendeu pautas comuns à oposição. Ainda nessa esteira, ele aderiu ao movimento no Senado pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
Créditos: O Tempo
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