Apesar de gestos de Alessandra à Direita, nível de apoio do grupo à sua candidatura é incerto
- Jason Lagos
- 1 de nov. de 2023
- 2 min de leitura

Desde o segundo turno da eleição presidencial, a ex-deputada Alessandra Vieira vem fazendo gestos de aproximação com o campo da Direita, começando pela publicação de uma foto com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que a convidou, à época, a participar de um evento intitulado "Mulheres com Bolsonaro", realizado no dia 15 de outubro no Recife.
A foto com Michelle foi republicada no Instagram de Alessandra no dia 12 de outubro passado. De lá para cá, intensificaram-se os contatos entre o deputado Edson Vieira e a direção estadual do PL, o que culminou com a decisão, ainda não oficial, de passar o comando da legenda em Santa Cruz do Capibaribe a Alessandra Vieira.
Na noite desta terça-feira (31), Alessandra encontrou-se em uma lanchonete, em Santa Cruz do Capibaribe, com o primeiro suplente de deputado federal do PL Robson Ferreira. Os dois posaram para uma foto, exibindo ambos o famoso "V da vitória". O gesto também pode fazer uma referência justamente ao PL, cujo número é o 22.
Os gestos de Alessandra, apesar de irem muito além dos tímidos gestos de Allan Carneiro na mesma direção, não são suficientes para garantir um efetivo engajamento da maior parte do grupo da Direita local em uma eventual candidatura a prefeita.
Os eleitores de Direita em Santa Cruz do Capibaribe estão espalhados pelos 3 grupos políticos do município: Verde, Azul e até no Vermelho, aparentemente com preponderância no grupo Verde, cujo líder maior, Allan Carneiro, não se dispõe a assumir um posicionamento claramente alinhado com o convervadorismo.
Após a eleição municipal de 2020, a liderança Verde buscou estabelecer parcerias políticas, a nível federal, com políticos do espectro de Esquerda, como o deputado Túlio Gadelha e o então deputado Raul Henry.
Em 2023, foi oferecido a Allan Carneiro a possibilidade de ser candidato no próximo ano pelo PL, mas ele preferiu continuar no Cidadania, que foi anteriormente o antigo Partido Popular Socialista (PPS), e originalmente o Partido Comunista Brasileiro (PCB).
O grupo de Direita local não tem um líder reconhecido como tal, e nem mesmo um comando compartilhado capaz de dar um direcionamento efetivo a um determinado projeto político.
Surpreendidos com a decisão estadual do PL em entregar o comando da legenda a Alessandra Vieira, as lideranças locais da Direita, como Adilson Bolsonaro, o pastor Izac Ferreira e o empresário Neudo, ainda não definiram uma posição conjunta a respeito da situação.
Nas redes sociais, vários eleitores conservadores têm expressado descontentamento, antecipando que não votarão em Alessandra, mesmo que ela venha a disputar a Prefeitura pelo partido de Jair Bolsonaro.




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