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Advogado de Bolsonaro cita contradições e diz que fala de Mauro Cid ajuda defesa

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 10 de jun.
  • 2 min de leitura
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Em conversa com a imprensa após a primeiro sessão de depoimentos dos réus no processo que apura a tentativa de um golpe de Estado, advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) avaliaram que as falas "contraditórias" do tenente-coronel Mauro Cid são benéficas para a defesa e que há uma expectativa de que os interrogatórios terminem amanhã.

 

Celso Vilardi, que comanda a defesa do ex-presidente junto ao advogado Paulo Bueno, afirmou que Bolsonaro irá esclarecer hoje sobre o "enxugamento da minuta" citado pelo ex-ajudante e ordens e citou contradições ao longo do depoimento.

 

O advogado apresentou um áudio do militar que relatava uma pressão feita a Bolsonaro por empresários para que interferisse no resultado divulgado pelo Ministério da Defesa de que as urnas não haviam sido fraudadas.


Mauro Cid relata que o então Presidente Jair Bolsonaro, ainda em novembro, não iria tomar qualquer reação contundente contra a vitória de Lula. Segundo o áudio, Bolsonaro não quis saber de sugestões ligadas ao artigo 142, não pressionou militares, tampouco incentivou empresários que pediam medidas duras. O ex-presidente teria afirmado que o governo Lula “vai cair de podre” e pediu que deixassem os relatórios “andarem”, sem interferências.

 

Durante o interrogatório, Mauro Cid negou ter visto incentivos por parte do ex-presidente para os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, além de afirmar nunca ter recebido ordens do mesmo para desmobilizar manifestantes em frente a áreas militares após a eleição de 2022.


O militar também confirmou que ex-presidente recebeu e editou o documento da chamada “minuta do golpe”. O ex-ajudante de ordens confirmou que Bolsonaro teria "enxugado" o texto, que previa a prisão de autoridades, restringindo apenas para a prisão do ministro do STF e relator do caso, Alexandre de Moraes.

 

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comemorou uma intervenção do ministro Luiz Fux (STF) durante o depoimento de Mauro Cid.


Ao interrogar o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Fux questionou: “Quem tinha diretamente relação com as pessoas que estavam nos quartéis?”


Mauro Cid respondeu: “O miolo da Presidência nunca manteve contato com nenhuma liderança, nenhum financiador. A gente sabia o que estava acontecendo, sim, até pelas redes sociais. Mas o núcleo interno não tinha contato com ninguém”.


Em outra intervenção, Fux perguntou se documentos para evitar a posse de Lula, como minutas de estado de defesa e estado de sítio, chegaram a ser assinados por autoridades.


“Não, senhor. Em nenhum momento foi assinado. Inclusive, era a grande preocupação do comandante do Exército que o presidente assinasse alguma coisa sem consultar e sem falar com ele antes. De certa forma, de todas essas pessoas, ele [general Freire Gomes] era a voz mais lúcida”, disse Cid.


Esses trechos do depoimento de Mauro Cid, na ação penal que julga suposta tentativa de golpe de Estado, foram celebrados por Eduardo Bolsonaro: “Fux desmontou o castelo de areia com duas perguntas”, avaliou.


Foram ouvidos nesta segunda-feira, além de Cid, o deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.


A sessão foi suspensa por Moraes durante a noite e está sendo retomada na manhã desta terça-feira (10), com o depoimento do ex-comandante da Marinha Almir Garnier.



Créditos: CNN Brasil e Metrópoles

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