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Acionistas da Vale rejeitam interferência de Lula e Guido Mantega na presidência

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 26 de jan. de 2024
  • 2 min de leitura


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Os acionistas da Vale estão resistindo à interferência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na empresa e rejeitam o nome do ex-ministro Guido Mantega para a presidência da companhia.

 

Uma fonte ligada ao comando da empresa disse à reportagem que a chance de Mantega emplacar é “zero”. Outra fonte ligada a um dos maiores acionistas de referência afirmou que “o governo está pressionando por uma posição (presidência) para negociar outra (conselho)”.

 

Na próxima quarta-feira, dia 31, o conselho de administração da Vale se reúne para decidir se o atual presidente Eduardo Bartolomeo permanecerá no cargo. A remuneração mensal de CEO da mineradora é de R$ 4,9 milhões.

 

Nos últimos dias, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem telefonado para os acionistas da Vale a pedido de Lula dizendo que o presidente gostaria de ver Mantega no cargo.

 

A Vale, no entanto, foi privatizada em 1997, e não tem nem mesmo o acordo de acionistas através do qual o governo mantinha algum poder.

 

Desde 2017, a empresa é uma corporation na qual nenhuma empresa mantenha mais que 10% das ações. Os principais sócios são Mitsui, Bradespar, Cosan, BlackRock e a Previ.

 

Emplacar Mantega no conselho também não é simples. O mandato dos conselheiros da Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), por exemplo, na Vale vai até 2025.

 

Além disso, é preciso obedecer a uma série de critérios e se inscrever num processo de seleção cujo prazo expirou na semana passada.

 

Sem poder de voto dentro da empresa, o governo tenta pressionar à companhia de maneira ilegal. Uma delas é repactuar a renovação de concessões ferrovias, como a estrada de ferro de Carajás, que o ministério de Transportes busca cobrar uma fatura adicional de mais de R$ 20 bilhões em outorga.

 

O ex-juiz e senador Sergio Moro foi ao X – antigo Twitter – criticar a intenção do governo Lula de enfiar, goela abaixo, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega na presidência da Vale.

 

“O governo Lula afugenta investidores e prejudica o ambiente de negócios ao pressionar, segundo a imprensa, os acionistas da Vale a ter o Mantega, de gestão desastrosa no Ministério da Fazenda, como CEO da empresa”, disse Moro.

 

Desde a semana passada, o governo Lula intensificou seus esforços para indicar o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, para a presidência da Vale, uma empresa privada. Quem foi escalado pelo governo para fazer esse trabalho foi o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

 

Ele entrou em contato com conselheiros da Vale nesta quarta-feira, 24 de janeiro, pedindo que o comitê de acionistas escolha o indicado do ex-presidente para liderar a companhia na reunião da próxima terça-feira, 30.

 

A notícia do contato de Silveira com a direção da Vale contribuiu para a queda das ações da Petrobras na Bolsa de Valores (B3).

 

“O ministro foi claro. Lula não quer um assento para Mantega no conselho (são 13 vagas), mas o principal cargo executivo, cuja remuneração anual, aliás, é de cerca de R$ 60 milhões”, diz o Estadão.

 

“O governo tem à disposição instrumentos para ‘apertar a Vale’, caso considere ser necessário. Conselheiros citam, por exemplo, direitos minerais e de concessão de ferrovias”, acrescenta o jornal.


Créditos: CNN Brasil

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